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allan de lana

sexta-feira, janeiro 23, 2004

propaganda
Gente, tem uma propaganda de hemorróida no meu blog!!! Leitores, aproveitem para aliviar aqui o ardor e o comichão das suas hemorróidas. Antes havia um comercial de galerias de Arte e eu pensei que alguém tivesse feito algum trabalho de segmentação em função dos conteúdos de cada blog. Vê se pode! Mas como artista costuma mais se foder do que outra coisa, até que não espanta que suas hemorróidas sejam "comichonadas" (inovações moderníssimas da Estética performática pós-futurista - nem te conto!).

Deixemos o espanto inicial, provocado pelas irritações nas pregas, um pouco de lado, afinal, a verdade é que o jargão que diz que todo artista nasceu para o insucesso é pouco creditável. No campo da Pintura, por exemplo, cujo nome mais citado para comprovar essa máxima infame é Vincent Van Gogh, os casos de sucesso somente depois da morte são raríssimos.

Na tentativa de justificar a qualquer preço tal falácia, criam-se mitos em geral associando a arte à loucura do artista. Eis o mesmo Van Gogh no centro das atenções. Por causa de uma orelha marketeira, responsável por todo o trabalho de memorização de sua marca como o modelo a ser seguido e nomeador de toda uma categoria, como uma "Bombrill" ou uma "Gillete", a fama de todos os criativos é a de serem loucos.

Outro fenômeno da mesma natureza de "O Médico e o Monstro" instaura uma conspiração ainda maior. O mais exato criador, aquele davinciano preocupado com os cálculos na base da sua invenção, acabou por ser chamado também de louco. A sensibilidade, por mínima que seja, chegou a ser colocada na lista dos sintomas da loucura, por envolver delírios apaixonados e a recriaçãoo fantástica do real: o sur-real!

Eis que por alguma ironia desconhecida, somente as ironias são conhecidas. Parte da história é omitida e o sucesso, então, da maneira como é conhecido, é ser fodido (não me pergunte como). De fato, muitos artistas morreram na sargeta, ou por não administrarem bem o seu sucesso ou por algum vínculo político pouco saudável, mas nesse caso houve ascensão e queda.

Existem também os artistas anônimos nas noites metropolitanas e aqueles que jamais apareceram na lista dos televisionados e das celebridades. Nesses casos a confusão ocorre porque, por um fenômeno um pouco estranho para quem o passa a notar, a TV e os veículos voltados para as massas passaram a ser confundidos com a verdade para a qual conspira o mundo.

Diferentemente do que transparecem, tais veículos são dirigidos e editados normalmente por profissionais convictos do que querem. Parte deles declaram suas ideologias para mantê-las em diálogo com as de seu público, aprimorando-se e possibilitando que o público se aprimore. Outra parte, na pretensão de que todo um emaranhado de personagens políticas conservadoras os adulem e os façam influentes, oferecem seu retrato bem bolado com cara de espontêneo para que legiões de leitores o imitem. São mantidos estes, dessa maneira, afastados de sua maior arma: o pensamento.

Por alguns artifícios da mídia, somados a crueldades sociais e discriminações que por toda história fizeram vítimas no campo do sensível, a arte que se conhece hoje é aquela feita há quase um século. O caso se complica ainda mais com a relativização que poucos leigos conhecem, uma ruptura em todos os sistemas artísticos, que deu margem à transversalidade entre esses e outros, à transdisciplinaridade, bem como à dissolução da idéia de arte.

Para ser artista, em breve, poderá bastar viver. Não viver inerte como um telespectador, mas tão ativo quanto um louco: tanto cientista quanto apaixonado. Isso sim é obter sucesso!

quarta-feira, janeiro 21, 2004

teste hum : concluído
falhas no teste dois : provedor.

sexta-feira, janeiro 16, 2004

GERÚNDIO -> ...




* * * * *




O romance desvanece por ser romântico.
Aspira a seta em flama a rasgar a si mesmo,
Chama baixo e surdo para ser a chama
Segredada entre solidões periclitantes.

Não é forma, não tem matéria. Não é.
Não é senão essa razão desconsertante
Que, sem intento de alcançar, 'inda reclama:
"Tuberculose, que me aflige amar na cama".




* * * * *




A partir de hoje novas pequenas mudanças terão início nesse blog. Imperdível!

domingo, janeiro 04, 2004

Impressionante, Cassandra!!!



Hoje acordei e fiquei puto em seguida, meu pescoço está duro e dolorido, é um torcicolo do lado direito, mas eu ainda acredito. Você acredita? Um abraço para aqueles que acreditam.

VIVA O PAC-MAN!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

"Caia nessa água, venha se molhar", porque "quem acredita sempre alcança". "Você tem fome de quê?".

sexta-feira, janeiro 02, 2004

Contraste simultâneo

Do carvão nasceu a cor,
e quem dá valor à pintura
vê intensidade e temperatura
em Luiz Áquila, feito da luz
que o Carvão com pincel fabricou.

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Veja Daniel Senise no Tribunal de Contas da União e seja feliz por alguns segundos.

Viva a geração 80
viva o Atari
viva o Chaves
viva o Jaspion!

Antes eu dou vivas, depois paro pra pensar (ouvir). Somos o avanço máximo de tudo o que os "rebeldes" oprimidos sonharam. Que liberdade de merda que eles conseguiram! Que cavalo de batalha escroto esse discurso de "eu sofri pra você jogar minha luta fora"!

Eu nasci em 1980 e amo meu tempo, porque vivo aqui e não ignoro a puta que me pariu. E a gente nasceu da mesma, magnífica, (...(..(.(( liberdade é o caralho na puta!!!)).)..)...).

Ter levado cacetada não é cultura...

Mas tudo bem, eu entendo quem disser que eu tenho que me revoltar e tomar o espaço público de volta. Eu entendo quem disser que naquele tempo havia intelectuais e que eles se reuniam fora do poder instituído e que hoje deveria haver essa mesma prática. Entendo que os intelectuais sempre foram uns chatos e que quando se juntam com os artistas acabam querendo "parar as rotativas" (expressão de DINES) e fazendo bossa nova ainda hoje. Entendo que também tenho essa vontade e essa falta de raciocínio. Entendo que não há sequer a enésima chance de se comparar a violéncia desses anos 00 à dos últimos anos 60 e 70. Entendo que os nossos velhos e mestres se borrem quando ouvem falar no Figueiredo, por não saberem se ele foi um militar temido aliado da ditadura, ou uma personagem louvável da Anistia. Entendo que se gabem por levar porrada, enquanto nós, de 1980, temos que nos cuidar contra DORT e LER. Mas entendo também que o que Eles (os "deuses" que nos antecederam) querem é impossível. Subverter o quê? No entanto, continuamos sendo vigiados, o espaço público continua sendo invadido sem respeito ao povo. Além do mais, nossa política é coronelista, nosso Estado é praticamente uma mega-empresa familiar emperrada cheia de bichos papões e bons-vizinhos querendo dançar uma valsa com a nossa irmã mais gostosa e comer a nossa tia velha rica. A qualidade que se exige é aquela que favorece quem está no poder. Entremos na Secretaria de Cultura no governo Roriz e lá está a gangue do Roriz, entremos em outro governo (cadê o outro governo?), ou no que já teve de diferente, e lá estará a gangue do outro governo... O que mais deve doer para nossos velhos (e amados) antecessores é que diante disso, eles e nós parecemos ter brochado de maneira incurável. Mas alguns, deles e nossos, querem outra vez aquele passado, aquela angústia - só em meio a ela se pode ser subversivo da mesma forma -, outros querem pensar e sentir, querem uma "poética do banal" e...

Ah! Esqueça tudo isso. O que eu quero dizer mesmo é que comprei um celular.
Pronto, chega de sofrimento.

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