...

Minha foto
allan de lana

segunda-feira, setembro 30, 2002

DALI, o gravador, mas não em aquarela.
Ontem acabou a exposição do Dali na Câmara dos Deputados: A Divina Comédia de Salvador Dali. As aquarelas a que uma especialista da instituição Gala chamou de xilogravuras nada tinham de semelhante com a técnica de gravação em madeira, como diversos especialistas da cidade puderam constatar de perto. No entanto, os trabalhos traziam um mundo pictórico entre o céu e o inferno do próprio Dali como actante.

Waldomiro de Deus
Esse é o nome do artista naif que está expondo no Templo da Boa Vontade. Sua visão é o olhar de alguém do povo que não recusa a sensibilidade. Um imaginário, digamos, real nasce em seus temas instigantes, muitas vezes muito bem humorados, como "Jesus Cristo Gay", "A Cagona" e "Virtualidade". Sua forma de expressão é declarada por si mesmo como "sem erudição", sendo essa posição descompromissada com os pormenores da ilusão realista a deixa para a verdadeira ilusão - que fala do real ora extremamente crítico e alarmante, ora puro e leve.
Eu o Alex e a Maria Raquel (lá de BH, que tava aqui) conversamos com o Waldomiro. E eu fiquei encantado, pois em meio a uma grande explosão daquelas que chamam de Arte Conceitual, Arte Eletrônica, Interativa etc, a Popular, a Naif consegue ser de fato o que se propõe com a simplicidade que todas aquelas outras rejeitam em nome de uma complexidade que raramente consegue ser administrada pelo artista, a não ser no campo teórico (embora eu admita que nesse caso - de pouco envolvimento - é difícil que alguém obtenha sucesso).

sexta-feira, setembro 27, 2002

Aqui estamos. Esse é o futuro. Olá, amigos invisívels, olá paredes utópicas. Saudações! Essa é uma pequena parte da minha pequena vida de artista, onde questões filosóficas serão lançadas e informações interessantes, creio eu, serão publicadas. Espero que gostem.

Essa página que você vê dentro de alguns dias poderá sofrer alterações substanciais, já que estou testando meu próprio template.

Caso queira falar comigo, meu e-mail é a.lan@bol.com.br (colocarei-o ali ao lado, abaixo da imagem do passo do pato), que eu não gostaria que fosse usado por empresas de Marketing, pois tenho traumas delas.

Sobre esse blogue

eau de parfum é uma expressão em francês, idioma que eu não domino. A escolha ocorreu por meio da sonoridade que, por si mesma, confere sentido a situações em que essas palavras estiverem envolvidas. O som dos vocábulos possui valores de significância sem passar necessariamente pela qualidade de signo. Esse é um dos motivos, mas é apenas uma parte de outro dos motivos que me levaram a batizar esse blogue assim.

eau de parfum é o título do primeiro livro em regime semi-artesanal (ou semi-industrial) que vou publicar em tiragem limitada e única, no primeiro semestre de 2003, ele não se utiliza necessariamente da linguagem verbal, aliás, creio que nenhuma natureza dos signos possa existir sozinha, e nunca existiu em nenhum momento da história da... arte (pelo menos).

Duas considerações finais, após sua sensação diante da expressão "eau de parfum", ela é escrita sempre em letras minúsculas para afirmar as "deformações" provocadas pelas alturas diferentes das letras e eliminar a angularidade grotesca das letras maiúsculas; por último, se você ainda não olhou no dicionário, direi, só mesmo para eliminar a possível curiosidade, que eau de parfum significa colônia de perfume, mas que não há sensação melhor do que imaginar o seu sentido sem associar com o significado léxico.

Arquivo do blog