Livre! (Cruz e Sousa)
Livre! Ser livre da materia escrava,
Arrancar os grilhões que nos flagelam
E livre, penetrar nos Dons que selam
A alma e lhe emprestam toda a etérea lava.
Livre da humana, da terrestre bava
Dos corações daninhos que regelam
Quando os nossos sentidos se rebelam
Contra a Infâmia bifronte que deprava.
Livre! bem livre para andar mais puro,
Mais junto à Natureza e mais seguro
Do seu amor, de todas as justiças.
Livre! para sentir a Natureza,
Para gozar, na universal Grandeza,
Fecundas e arcangélicas preguiças.
019 (eu)
Se o Greenpeace fosse simbolista,
Eu seria bucólico para resultar ativista.
O meu grilhão seria só a terra.
À sombra para ler faria justiça.
À imagem de Vera Cruz antes de vera,
Pindorama, a minha paz seria fera
Para ler João de Cruz e Sousa livre
Sob o Mogno, o Jatobá e a Aroeira.
segunda-feira, outubro 27, 2003
Postado por allan de lana às 12:56 PM
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