ruídos / para / ouvir
tentei disponibilizar o som há quase um dia. como não deu certo, o inseri a posteriori, logo abaixo. este gesto consiste em colocar disponível de alguma forma o interior do próprio gesto, que não é um dentro identitário nem metafísico, mas que nas nossas condições tecnológicas pode, de alguma forma, se tornar público - um dentro extrovertido. público por que compartilhado com outros e por que seu devir depende de tal disposição, desde o momento em que ela se fez ação. essas idéias estão um pouco influenciadas pela conferência ocorrida hoje, lá no teatro, do filósofo e professor da ufmg, nilton bignotto, em que apresenta parte da chamada teoria da ação de hannah arendt... arendt percebe e prevê (na década de 50) o enfraquecimento da importância do lugar público do discurso e da política em detrimento das individualidades características da sociedade de consumo, na qual idiossincrasias assumem o lugar do diálogo, que então se interrompe - surge a solidão. pergunto: como e por que o gesto em direção ao diálogo com um outro imprevisível (isso que é operado aqui no eau) seria uma vulgarização semelhante ou: como e por que seria justamente o oposto de tal banalidade? perguntando dessa forma, acho que mostro um horizonte indubitavelmente duvidoso... eu gostaria de entrar nessa dúvida e expandi-la, para fazer com que o horizonte se assemelhasse a um abrigo dentro do vendaval, mas não tenho condições de fazer isso agora. (em breve, senhoras e senhores!)
legenda: primeiro teste de composição audível para instalação a ser apresentada no primeiro projeto expositivo do grupo a.c.a.r.o.. as imagens são apenas uma distração, pois às vezes é bom se entreter com outras coisas para ouvir mais.
segunda-feira, setembro 22, 2008
Postado por allan de lana às 10:44 PM
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