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allan de lana

domingo, março 21, 2004

Hoje não tenho assunto, mesmo passada uma semana do último post. O motivo é o grande espanto que nesse momento procuro rechaçar e que está presente em todos os meus pensamentos, absolutamente irrefutável. Sim, porque me faz debelar com minhas crendices e ao mesmo tempo torna literais muitas metáforas e algumas hipóteses que sustentam teorias impressionantes.

Como é difícil encarar certos acontecimentos que mais parecem mitologias, deixarei uma pista novamente metafórica dessa angústia. Imagino, ao mesmo tempo, o quanto já deixou de ser dito para ser proposto assim, alegoricamente e esvaziado... Seguirei, entretanto, nesse rumo mais ameno.

A hipótese é: às 16h você está diante de uma paisagem que o agrada. Num momento em que ainda está em contemplação, certa brisa forte incomoda seus olhos. Então, você pisca, tampando a fronte com as palmas das mãos, franzindo o cenho e enclinando para baixo o rosto, como proteção. Logo cessa a brisa mais forte e você retoma sua posição de contemplar. Mas, para sua surpresa, não encontra mais a paisagem que antes via. Está no mesmo lugar, sentindo a mesma brisa, mas em lugar da paisagem há um recorte fulcral e somente negrume, como se uma tesoura houvesse destacado desde o céu até certa altura da vegetação e uma varinha de condão tivesse sumido com esse pedaço recortado. Você gela, tenta acordar, mas não é sonho, seu coração dispara; quanto mais tenta entender, maior o incômodo. E agora?
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Incomodado e vivo
Mas muita coisa ainda existe e coisas boas continuam acontecendo. Por isso, anuncio, o primeiro encontro do grupo de estudo de fotografia será amanhã, às 19:30h, no Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul. É um encontro bom e importante. Você aí, que gosta de pensamento e de fotografia, está convidada(o).

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