voltamos de cabeça baixa, olhando evasivamente para os lados. Mas os nossos órgãos todos pendiam para um único ponto, tensionados por um mesmo elástico. Quem olharia primeiro, para ser tragicamente arremessado e recolher-se na visagem daquele medo? Quer dizer, em linguagem simples: estivemos longe um do outro, e isso nos incomodava, pois éramos culpados pela distância, e um certamente expiaria por fustigar o silêncio (é esse, o culpado). Então inventei um terceiro com extrema verossimilhança, de modo que ela (a minha companhia) o reconhecera na memória. (Mas não passava, no fundo, da figuração indireta de um andarilho que carregava latas vazias amarradas na cintura). Culpamos-no logo por tudo e no fim das contas foi uma saída simples. Estávamos curados!
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