Contraste simultâneo
Do carvão nasceu a cor,
e quem dá valor à pintura
vê intensidade e temperatura
em Luiz Áquila, feito da luz
que o Carvão com pincel fabricou.
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Veja Daniel Senise no Tribunal de Contas da União e seja feliz por alguns segundos.
Viva a geração 80
viva o Atari
viva o Chaves
viva o Jaspion!
Antes eu dou vivas, depois paro pra pensar (ouvir). Somos o avanço máximo de tudo o que os "rebeldes" oprimidos sonharam. Que liberdade de merda que eles conseguiram! Que cavalo de batalha escroto esse discurso de "eu sofri pra você jogar minha luta fora"!
Eu nasci em 1980 e amo meu tempo, porque vivo aqui e não ignoro a puta que me pariu. E a gente nasceu da mesma, magnífica, (...(..(.(( liberdade é o caralho na puta!!!)).)..)...).
Ter levado cacetada não é cultura...
Mas tudo bem, eu entendo quem disser que eu tenho que me revoltar e tomar o espaço público de volta. Eu entendo quem disser que naquele tempo havia intelectuais e que eles se reuniam fora do poder instituído e que hoje deveria haver essa mesma prática. Entendo que os intelectuais sempre foram uns chatos e que quando se juntam com os artistas acabam querendo "parar as rotativas" (expressão de DINES) e fazendo bossa nova ainda hoje. Entendo que também tenho essa vontade e essa falta de raciocínio. Entendo que não há sequer a enésima chance de se comparar a violéncia desses anos 00 à dos últimos anos 60 e 70. Entendo que os nossos velhos e mestres se borrem quando ouvem falar no Figueiredo, por não saberem se ele foi um militar temido aliado da ditadura, ou uma personagem louvável da Anistia. Entendo que se gabem por levar porrada, enquanto nós, de 1980, temos que nos cuidar contra DORT e LER. Mas entendo também que o que Eles (os "deuses" que nos antecederam) querem é impossível. Subverter o quê? No entanto, continuamos sendo vigiados, o espaço público continua sendo invadido sem respeito ao povo. Além do mais, nossa política é coronelista, nosso Estado é praticamente uma mega-empresa familiar emperrada cheia de bichos papões e bons-vizinhos querendo dançar uma valsa com a nossa irmã mais gostosa e comer a nossa tia velha rica. A qualidade que se exige é aquela que favorece quem está no poder. Entremos na Secretaria de Cultura no governo Roriz e lá está a gangue do Roriz, entremos em outro governo (cadê o outro governo?), ou no que já teve de diferente, e lá estará a gangue do outro governo... O que mais deve doer para nossos velhos (e amados) antecessores é que diante disso, eles e nós parecemos ter brochado de maneira incurável. Mas alguns, deles e nossos, querem outra vez aquele passado, aquela angústia - só em meio a ela se pode ser subversivo da mesma forma -, outros querem pensar e sentir, querem uma "poética do banal" e...
Ah! Esqueça tudo isso. O que eu quero dizer mesmo é que comprei um celular.
Pronto, chega de sofrimento.
sexta-feira, janeiro 02, 2004
Postado por allan de lana às 11:45 PM
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