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allan de lana

segunda-feira, agosto 29, 2005

aquele que chegou próximo da escuta estética correu o risco de se tornar especialista, porque em nossa moral não se pode deleitar do sofrimento alheio, nem demonstrar sentir o cortante da fala. Daí uma prática cuja função, na sociedade captalista, é o recalque dos sujeitos que a constituem, dos seus profissionais.

talvez, porém, os surrealistas tenham reivindicado um gozo-de-escuta na fala, na prática da projeção de pensamentos associativos. Esse foi o seu anti-modelo terapêutico. Degringolara, o dada, até que filhos dele descobriram limites expandidos que um plano melancólico e niilista trazia enquanto vontade! O desespero pode ser e parecer amigo do simbólico, ou seja, ser perverso com um círculo que o domina e desdobrar a ordem (o mando) em suas possibilidades mais progressivas, fazer assim o seu método não-estruturalista de educação.

Será possível um método da educação por intermédio da escuta, uma sociedade das falas in-materiais em que o livro de memórias e coisas acabadas não seja mais uma instituição? Será possível levar, ainda, esse ideário além de um plano de harmonias e construí-lo na instabilidade suburbana, como uma escuta marginal?

- respostas a essas perguntas a cargo de outras gerações.

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