...

Minha foto
allan de lana

quarta-feira, julho 30, 2003

008
En
...to(r)pe
a luz fluoresce nte.

En
...to(r)pe
a Lua difer-Ente

.............
........Como
.....di versa é
..a sem-elhança
....cá-miando e
..trans-andando
.....no telhado
.......a gata
.............


O estômago brasileiro, a-minimalista
"Se nos Estados Unidos, na Europa e no Japão é a sociedade industrial quem dá as bases à ação do artista sobre o mundo, nesse segmento da produção brasileira são justamente os elementos de uma lógica pré-industrial que assumem uma importância preponderante" (Tadeu Chiarelli).

terça-feira, julho 29, 2003

Sim, claro que vale à pena homenagear o Construtivismo!
Maiakóvski: "Sem forma revolucionária não há arte revolucionária.".

Flávio de Carvalho: "Atitide é forma.".

Sim, o Construtivismo ecoou. Bateu asas e foi abatido. A sua lição, entretanto, permaneceu, se alastrou e continuou nascendo. Isso é o céu, aqui é a vida eterna; aqui é a Atlanta da Utopia.

______________________

merchandising publicitário - toda publicidade e propaganda na internete é merchandising?
a Maria Clara tem um blog agora, quase um divã, e disse que colocaria o meu em seu bookmark.

a Dany, sua pUÉtA bUnÍtA, está modificando algo na aparência de seu Poema Lunar (e estou dando um certo apoio moral). Gostaria de indicá-la outra vez: tem um poema meu lá (e você acha que eu indicaria em outra circunstância? - brincadeira, ela é meiga).

segunda-feira, julho 28, 2003

O grupo Ruptura propôs na década de 1950 uma nova vanguarda que retomou o construtivismo Russo, pregou novamente o racionalismo na arte e a destruição do naturalismo, enveredando para rumos semelhantes ao da ciência positivista. Por ser um retorno e ao mesmo tempo uma continuação de vanguardas, poderia ser interpretado como neo-vanguarda, não sendo original, mas uma retomada - dessa vez menos enraizada - de um outro movimento. O que impede essa análise é somente o caráter cientificista que assume, incapaz de rever o projeto e as aspirações originais, primeiro escritas por Gabo e Pevsner nos anos 1920 com o "Manifesto do Realismo", e todo o clima de diversidade dentro de artes construtivas que podem parecer conciliáveis, como a de Gabo e a de Malevich ou Tatlin. Imagine, no entanto, quando entram novamente em jogo aspirações regionais, o particular e o singular na arte, quando ao princípio construtivo tardio no Brasil liderado por Waldemar Cordeiro é levado o sentimento e a consciência do sujeito e a subjetividade retorna... Antropofagia Cultural! Na década de 1960: antropofagia. Seu ápice se dá gradualmente com o abandono da "vontade construtiva geral", que deixa com que a Arte Pop penetre e seja completamente deturpada, para felicidade das todas as Artes. Que fim trágico teve tanta honraria? O medalhão que comandou os adoradores nazistas da mesma arte aceita pelo Adolfo alemão e atacada pelos primeiros concretos: o realismo-naturalista milico daqui também não é original, ele é a quase-vanguarda desorientada refletida pelo espelho do Adolfo Hitler original. No final das contas, as vanguardas estão todas no poder, pedindo uma a uma que sejam dribladas e desmobilizadas, por isso "Seja marginal. Seja herói"!

sábado, julho 26, 2003

Gostaria de recomendar o filme Tiros em Columbine.
Podem dizer que o tal do Michael Moore é irritante, mas incompatibilidade entre temperamentos, ou entre interesses multinacionalistas, só se coloca em tese em colunas de fofoca (como a do Álvaro). Para quem não acredita mesmo em nada, tem o senso crítico bem ardente, vale à pena perceber que a dedicação em recusar de Michael Moore não é compatível com a tentativa de defender o próprio pão banhado a ouro do editor-chefe do Fantástico. Este tenta igualar às "omissões" e furos constantes da imprensa a cena redutiva, mas simbolicamente representativa da realidade, arquitetada por Moore e que contribui para a estética do filme, na qual acelera o processo de aquisição do rifle com o qual foi brindado pelo banco em que abriu uma conta. Falácias aparte, aliás, esta e quase todas as outras vindas dos próprios Estados zUnidos da América e repetidas pela imprensa subalterna daqui, vale à pena notar e ser tocado pela tentativa do grande diretor-narrador de buscar respostas para o fato de a violência armada nos Estados Unidos ser tão aguda, sua comprovação numérica para esse fato e as comparações feitas, com o Canadá, principalmente. Os mecanismos usados pela mídia e pelo Estado para estimular a fobia a etinias e grupos minoritários, aqueles que não dominam economicamente, bem como maneiras corriqueiras de manter a ordem e a exploração social contínuas, são revelados em grande parte.

sexta-feira, julho 25, 2003

sejamos um pouco ranzinzas para não sermos inimigos
Para que servem os direitos autorais? Vou atacar um caso em que os direitos autorais não são morais, quando centralizam o acesso ao conhecimento da história universal, restringindo-o às elites econômicas. Permitir o uso de uma imagem, de uma música, de um livro ou de um filme (ou partes desses), ainda que apresentados em má qualidade, para fins didáticos é deixar que se faça justiça, porque o acesso ao conhecimento conduz à participação e à cidadania. A cidadania é elemento-chave da Democracia, e a democracia só se dá com a política social, ou seja, com uma comunicação canalizada dos sujeitos e agentes para o auto-controle, então, se não há acesso livre às áreas de produção científica e cultural, não há democracia, pois não há comunicação, já que não há domínio pela maioria dos códigos e sistemas básicos. Assim sendo, sugiro que toquemos um FODA-SE! sem tamanho à comercialização abusiva por meio da persuasão de imagens reproduzidas e à exploração da ignorância feita por gravadoras e editoras da indústria de massa. A história universal não pode mais ser usada como forma de domínio e subordinação. Chega disso!!! A lei precisa ser revista, porque em certos casos a reprodução é necessária. Um brinde à nossa livre circulação, nas ruas e nas idéias.

quinta-feira, julho 24, 2003

Concreto, por quê?
Queremos viver melhor. Queremos que todos vejam e reconheçam o seu espaço e os outros sujeitos. Precisamos reconhecer os problemas colocados pela matéria e resolver ao máximo os impasses do nacionalismo. Construtiva não é meramente uma forma de padronizar a expressão, é uma maneira de se colocar o ambiente em contato e familiaridade com o sujeito e, por isso atingir um internacionalismo verdadeiro. É necessário que se continue algo que não se conseguiu exatamente nas primeiras vanguardas construtivas e apagar o eurocentrismo de todas elas. Por isso, queremos concreto, o concreto de todos. Queremos a arte e a poesia: concretos.
Dica pra mim e pra você: Vygotsky e Piaget

A imagem acima é uma escultura do artista russo Naum Gabo, que foi embora para a Alemanha, fugindo do totalitarismo de Lenine e Stalin, junto com vários outros artistas, onde contribuíram com a Bauhaus. Lá, na Alemanha, o construtivismo ganhou novo fôlego e rigor, mas a escola foi destruída pelo nazismo... A história não acabou aí, porém, e tivemos continuação ainda do peso construtivista, injetado no Brasil, por exemplo, com nome de concretismo, influenciado pela presença física e influência direta de Max Bill. Tudo o que se viu depois nas artes desse país conheceu a face concreta da arte e, durante períodos de opressão, esta foi em muito acrescida de valores sociais e regionais particulares à cultura, espaço e momento histórico. Concreto, por quê? Porque Parangolé, porque Tropicália, Porque Malevich, porque Rodchenko. O Universal permite estar em todos os lugares, os pensantes que o pensem enquanto sujeitos. Maiakovski: "Melhor morrer de pinga do que de tédio".

quarta-feira, julho 23, 2003

007
Entre e sorria.
Antes, sorria.

Retrato, traíra,
Mistura de Pigmalião com Narciso,
Morre em matéria e
Quando relíquia: velharia.

Tão feliz ver-se em gelo,
Em preto ou cinza
e suporte branco.

Encanto que sorri de engano.
Encanto.
Mais perecível do que a própria folha,
Expandida porque passiva e incólume,

Imaculada.

sábado, julho 19, 2003

http://www.ufmg.br/festival/
Me lembro quando certa manhã passava em Diamantina com o meu Pai. Era o último dia do Festival de Inverno. Cidade Bonita, aquela.

006
Igreja de São Francisco
De assis-te em Diamantina
Inquieta sua concreção:
Grita pra fora os seus engolidos.

Monumento a São Francisco,
este na pomba da salvação.

quarta-feira, julho 16, 2003

Dias bons lembram fatos agradáveis
Férias. Monitoria garantida para o semestre que vem... A exposição, que mesmo com greve da biblioteca teve exatamente 100 visitantes que assinaram o livro e muitos elogios de pessoas que se sentiram também elogiadas...
Lembra de dizer oi para os visitantes e leitores do eau de parfum, que são poucos, mas são meus amigos (sim, eu acho que conheço todos, me satisfazem muito).

O principal agora vem de um quase-impulso de fugir para São Paulo. Sei... eu sei que isso parece um romance caduco de escritor tuberculoso, sempre me debelando por São Paulo e nunca vou lá. Acabo culpando-o por ser longe, por sair caro... Por eu não poder parar de estudar quando está no meio do semestre. Mas agora eu tenho uma possibilidade, sem ter que vender meu corpo. Quero fugir junto com a Dany, nós queremos, merecemos.

Enquanto não chega o fim-de-semana e eu não decido de uma vez por todas, sobra um tempo para arrumar minha bagunça. Achei nela uma espécie de poema-manifesto que tinha as primeiras estrofes meio complicadas, preocupadas demais com história da arte, o que não ficou muito fluente. Compreendo nele o motivo da minha afinidade com Hall Foster e Fredric Jameson. Não é tão complexo perceber a nossa realidade como eles sugerem, passados recuperados e futuros adiantados. Não é tão difícil perceber que às vezes a compreensão do presente faz mais sentido quando o julgamos psicótico. Difícil, sim, é justificar perfeitamente tudo isso, sustentar como tese. Eles não conseguem, porque eu conseguiria?

Compreendi essa afinidade, depois tomei a liberdade de fazer alterações, tirar e colocar versos, redividir estrofes etc. O poema ocupa duas páginas (metade de um A4 cada uma), na segunda há muitos cabides desenhados com uma só linha. O título (005) faz sentido porque estou colocando números em alguns dos poemas que tenho achado sem título e que, de certa forma, ficariam piores se entitulados com palavras muito escolhidas.

Só para terminar, gostaria de lançar uma pergunta: como pode ser verdade que "é arte que há parindo a vida" se não existe para arte sequer uma definição? Já que a vida também é uma idéia abstrata de mais, estabelecer essa maternidade não seria uma grande confusão entre estados impossíveis de se assemelhar a qualqer coisa a não ser por dessemelhança? Respostas podem ser grandes e complexas, para o e-mail abaixo do Passo do Pato (acima, à direita).

005
Há caverna onde houver concreto
Abrigo onde apartamento.

Há pré-história onde houver sujeito
Pegadas onde calçamento.

O pé sentindo a lama
É o corpo sensível, o nódulo dos sentidos.

Faz-se ver com a mão nos ouvidos:
O tato da cor cheira e trama

Por entre a trama a picada
Sinapse na teia urbana.

Acordai ao interior íntimo das pegadas.

Vide a origem dentro do mundo
Flanqueando sua essência com o sentir contaminado por cotidiano.

É arte que há parindo a vida
Na materialização da idéia cristalina

Na lucidez que suplanta a rotina
Olhai sentindo os pedaços derramados, artistas.

Há um pequeno e íntimo delito;
Multiplicai-o, ele é arte, olho d'onde nasce a vida.

domingo, julho 13, 2003

001
Esquinas têm quinas
Parques
Crianças traquinas


004
53
Meu anjo é
Meu amor cerebral.

terça-feira, julho 08, 2003

Veja, na galeria da biblioteca Central da UnB
Desenhos: exposição de uma turma de desenho 2 muitíssimo exemplar, com desenhos de alta qualidade técnica e conceitual. A abertura foi ontem e o fechamento é dia 14.
Também participo, com uma série impressionante (em extensão) sobre insetos alados. Até agora o que a mostra recebeu foram elogios, de fato ela não é didática como se esperaria.
Estão todos convidados.

Sometimes you feel so happy.
Tudo o que eu quero é terminar meu semestre e ouvir o Lou Reed...
anger ooooon your pale blue eyes... dizem eles como se se preparassem para o grande sono. Chega de praticar a revolta armada, chega de manifestações "freak", chega de tudo isso, a revolta é de paz dos revoltosos, não de revolta dos pacifistas. A resistência é nossa.

Arquivo do blog