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Minha foto
allan de lana

terça-feira, dezembro 27, 2005

045
Uai!
Depois do quarenta e três
Não é o quarenta e quatro?





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044
Ufa! Se você não avisasse
aqui teria um poema-vácuo.





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045
ALERTA:
Bug do milênio!!!

quinta-feira, dezembro 22, 2005

042
sou exatamente
quem pareço
Ser.





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043
...

- igualzinho ao pai!!!

(que fofo.)






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uma cabeça (em instância)
em instância still de Tobby Damit, dirigido por F. Fellini (fotografia, se não me engano, é de Jean Renoir).

domingo, dezembro 18, 2005

voltamos de cabeça baixa, olhando evasivamente para os lados. Mas os nossos órgãos todos pendiam para um único ponto, tensionados por um mesmo elástico. Quem olharia primeiro, para ser tragicamente arremessado e recolher-se na visagem daquele medo? Quer dizer, em linguagem simples: estivemos longe um do outro, e isso nos incomodava, pois éramos culpados pela distância, e um certamente expiaria por fustigar o silêncio (é esse, o culpado). Então inventei um terceiro com extrema verossimilhança, de modo que ela (a minha companhia) o reconhecera na memória. (Mas não passava, no fundo, da figuração indireta de um andarilho que carregava latas vazias amarradas na cintura). Culpamos-no logo por tudo e no fim das contas foi uma saída simples. Estávamos curados!

quarta-feira, setembro 14, 2005

notação sobre a figura
um sentido: afeita à imitação platônica, a figura se impõe como a verdade objetiva ideal, moral e correta. Ela educa os indivíduos para levá-los ao bem Universal, ensina-os como e o que devem querer. Essa educação é figurativa. O figurativo é o símbolo com característica de mero ícone sem códigos de referência, como a marionete que funcionaria sem um manipulador. É esse conteúdo estranho e não visto que amarra o ímpeto iconoclasta infantil, capaz de estribuchar o estado normal dos elementos em busca de interior. Assim, o educador infantil platônico tem como guia metodológico a necessidade de impor castigo à criança, para proibí-la à experiência com o estranho. Pretende-se prevenir contra a experiência de morte (o vazio, o não-senso), que ao mesmo tempo guarda a possibilidade de descoberta e vitalidade. A relação com o ícone opaco pode ser, ainda, perversa ao destroçá-lo, prática também inibida. Educação figurativa é a coação para o dominante forjado com objetividade.

método e intenção
a educação figurativa ultrapassa a questão da técnica, que enquanto habilidade independe do motivo ou da representação à qual se presta. Entretanto, a técnica acaba por vincular-se à idéia e às premissas morais do artesão ou da instituição que a ensina. As dimensões ideológicas de duas colagens semelhantes, por exemplo, podem ser extremamente distintas. Uma pode deliberar a mímese como movimento bio-fisiológico construtivo, ou projetivo ou, ainda, perverso. Outra instaura a mímese ideal, o modelo de comportamento social, do qual deriva o respectivo plano estético. Esse constitui uma Estética de juízos, não estética de sensações, de sentidos ou de diferenças significantes. Por isso, a figura (diferente de figuração ou figurabilidade) não é um universal contaminador do simples fazer comum da criança que compõe uma casa no campo ensolarado (ela pode estar fazendo isso à diferença do ideal do adulto que tentou condicioná-la, interagindo com a linguagem disponível ao jogar com designações pictóricas pré-existentes). A educação figurativa, como outra qualquer, vai além do método, mas porque parte de intencionalidade exageradamente moral. O que nela se ensina não pode ser arte figurativa, porque ela não pode ser disciplina particular, como a pintura, por exemplo. Para ela disciplina é o sinônimo de obediência. Seu método: punição e crítica; sua intenção: controle.

sexta-feira, setembro 02, 2005

melencolia
Heráclito: "A mais bela harmonia cósmica é semelhante a um monte de coisas atiradas."

Antônio Vieira: "A ironia tem contrária significação do que soa: o riso de Demócrito era ironia do pranto; ria, mas ironicamente, porque seu riso era nascido de tristeza e também a significava; eram lágrimas transformadas em riso por metamorfose da dor; era riso, mas com lágrimas ..."

segunda-feira, agosto 29, 2005

aquele que chegou próximo da escuta estética correu o risco de se tornar especialista, porque em nossa moral não se pode deleitar do sofrimento alheio, nem demonstrar sentir o cortante da fala. Daí uma prática cuja função, na sociedade captalista, é o recalque dos sujeitos que a constituem, dos seus profissionais.

talvez, porém, os surrealistas tenham reivindicado um gozo-de-escuta na fala, na prática da projeção de pensamentos associativos. Esse foi o seu anti-modelo terapêutico. Degringolara, o dada, até que filhos dele descobriram limites expandidos que um plano melancólico e niilista trazia enquanto vontade! O desespero pode ser e parecer amigo do simbólico, ou seja, ser perverso com um círculo que o domina e desdobrar a ordem (o mando) em suas possibilidades mais progressivas, fazer assim o seu método não-estruturalista de educação.

Será possível um método da educação por intermédio da escuta, uma sociedade das falas in-materiais em que o livro de memórias e coisas acabadas não seja mais uma instituição? Será possível levar, ainda, esse ideário além de um plano de harmonias e construí-lo na instabilidade suburbana, como uma escuta marginal?

- respostas a essas perguntas a cargo de outras gerações.

sábado, agosto 27, 2005

metafísica do livro - o ritual
1) oferecemos o corpo, para que as páginas o fatiem;
2) abrimo-nos aos prazeres do não-senso;
3) deixamos que fístulas nos desenraizem e descorporifiquem - a leitura é infecciosa;
4) fazemo-nos vel e névoa a-histórica distendida;
5) cosmificamo-nos;
6) sentimo-nos flutuantes e singulares;
7) por último, desconfiamos que o simbólico nos sujeita - o nosso livro e filosofia resultaram de uma doutrinação hegemônica.

... depois, ainda, além do imaginável, esquecemos - olvido-é-válvula.

"(...) E como, de fato, há no texto [bíblico] tanta coisa obscura e inacabada, e como ele [o crente] sabe que Deus é um Deus oculto, o seu afã interpretativo encontra sempre novo alimento. A doutrina e o zelo na procura da iluminação estão indissoluvelmente ligados ao caráter do relato - este é mais do que mera 'realidade' - e estão, naturalmente, em constante perigo de perder a própria realidade, como ocorreu logo que a interpretação atingiu tal grau de hipertrofia que chegou a decompor o real".

AUERBACH. Mimesis: a representação da realidade na literatura ocidental. São Paulo: Perspectiva, 2004. P.12

domingo, agosto 21, 2005

Interessante... Garimpando nos cafundós das minhas lembranças que foram escritas para poderem ser esquecidas encontrei uma mosca e um mosquito. É assim, lendo, que de muito se lembra. Portanto, alguém que leia meu escrito pode lembrar por mim daquilo que eu mesmo sequer imagino que existiu um dia. Mesmo que eu me tenha encarregado de escrever (e esquecer). Segue um novo achado, agora devidamente catalogado e numerado.


039 (A Mosca e o Mosquito)

Zumbido
Mosca
Mosquito

Escondidos
Zumbido
Mosca

Mosquito
Aflito
Zumbido

Mosca
Mosquito
Lixo

Núpcias ao relento
Zumbidos gemidos no vento
Mosca
Mosquito.

segunda-feira, agosto 15, 2005

diagramas
































































id-agramas











domingo, agosto 07, 2005

a fotografia na microexperiência social

"moça, tira uma foto minha ali?"


comportamento típico de mãe curitibana é obrigar suas crianças a fazerem o mesmo...

domingo, julho 31, 2005

romantismo (in)vulnerável


delacroix. liberdade, 1830.
















O Estado brasileiro de hoje quer ser libertador. Mas sua realidade é o positivismo neo-liberal mantido no disfarce de romântico, com toda a sua aura academicista. Por isso ele gasta muito mais em propaganda e marketing do que em educação.









cicatrizes - o Iraque um ano depois


fotografias de anderson schneider - museu oscar niemeyer - curitiba, fev/2005. (foto retirada do folder da exposição).

sexta-feira, julho 22, 2005

Penso que a solidão resolveria boa parte da paranóia social que vivemos.

Certa vez fui andando sozinho do bar até em casa. Eram 2 da manhã e o caminho é tido como perigoso por muita gente. A rua é toda vazia nesse horário e as casas estão fechadas. Há muito medo dos criminosos, mas muitos poucos deles. Como resultado, a noite é desconhecida e o céu nunca tem muitas estrelas, pois elas e tudo o mais só existe para quem os percebe, não para essa classe média, que vive de temores. Fui chamado atenção por me sujeitar ao desconhecido.

Toda percepção do exterior, feita no caminhar, e toda solidão, têm sido substituídas pela segurança. A casa moderna é a simulação da ausência do morador, e é mais cerrada do que a caverna, com objetivo de que o sujeito esconda-se do perigo. Assim também o carro... Tudo sintoma de uma síndrome. A relação com o mundo nesse lugar é guiada pela insegurança e por isso promove-se o excesso de segurança e a tentativa de forjar a privacidade. Resultado: o Estado e a classe média gastam muito mais com segurança do que Deus e o Diabo gastam produzindo marginais perigosos. Mas seria mais econômico para o Estado subornar os criminosos - pagá-los bons salários para que vivessem bem, praticassem um esporte, assistissem filmes, aprendessem um instrumento musical, se iniciassem numa ciência etc. - do que aumentar a polícia e o poder executivo.

Ainda assim, será que a grande paranóia persistiria? Talvez não, se as pessoas redescobrissem a própria solidão. A solidão é um tema fundamental que precisa ser visto pelo povo do Plano Piloto. Ela deixa atuar a mímese, faz parte do distanciamento e da identificação. A saudade e o medo são de certo modo solitários, mas há o ser só de si mesmo. Uma rua molhada, enquanto pura representação pictórica só instaura inseguranças, pois resiste a traduções, mas, por isso, não se pode buscar nela equivalência ao mundo. A lembrança de um crime também é representação da memória, não é idêntica a nada, faz parte da mímese mnemônica e quem a tem só pode fazê-lo estando sozinho - não há imagem idêntica em outra memória.

Sujeitos representados na gravura de Goeldi caminham no sentido contrário ao espectador. Segui-los ou persegui-los, tentar fisgar sua solidão, é ficar só de si mesmo, abandonar-se e, desse modo, entrar no mundo (naquele mundo gravado, de imagem). Assim, podemos dizer que esse espectador é a possibilidade da percepção e da existência, ele anseia pelo fim de toda insegurança, enquanto aquele que se tranca suprime a relação e a vida. Assim, ao nos levar para a experiência com o outro e com o exterior desconhecido, a solidão deve ser, cada vez mais, a nossa casa.

quinta-feira, julho 14, 2005

O medo da morte é bem mais forte do que pinga. Por isso, posso dizer e repetir agora: "eu amo meus amigos". Meu corpo vai mal, ele sente muito.



039
Livro é um moedor de sentimentos
feito de oclusões espiraladas
e quem não é?



038
... sou uma poesia que se alegra com o passado
meu modo de ser é em voz baixa.
quer dizer que minha existência
é o vazio.

... sou toda palavra amontoada ao lado
sem ser lida nunca em lance -
como um dado o qual se atira,
um corpo que voa.

... não narro o meu presente
vivo a morte desfalecendo -
o meu ser em surgimento se perde
- com olhar de criança.

... não tenho inclinações para o concreto
pois sou toda pensamento
e lembrança.

... sou poesia escrita em solidão,
à margem da História.

domingo, julho 10, 2005

Este poste contém:
5 assuntos (ame um e case com ele ou então pegue todos).


a)
pra não perder o costume:

NOVA LEI DE TALIÃO - Nicolas Behr

miopia por miopia
cárie por cárie.


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b)
senhores(as) de Braxília, vão às exposições da CAL e do IdA-UnB. Valem à pena. Destaque para o Moisés (CAL) e a Neila (IdA), como você pode ler aqui pelos olhos do Matias.


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c)
Ah como ser tanta emoção
Na harmonia do abraço
E ser somente esse abraço
Num continente de afeto
O corpo completo sente
Que repleto não se cabe
É o coração em despejo
É a lágrima em seu trajeto
Que zelosa evita o lábio
Para não salgar o beijo.

(O Abraço e a Lágrima - mas sem título é melhor - Lula Queiroga)


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d)
eau de parfum - aqui os posts são sentimentos, se expandem feito o ódio maldido de quem os remói consigo. Seja bem-vindo, a vida é glamurosa.


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e)
037

Amo a quem me usar de luva.

sexta-feira, julho 08, 2005

036 (Sobre o bege e o beijo)

Cobra-me decidir
(quem me cobra? Um-in-sujeito)
entre o bege
e o beijo.

Encontro o em-com-traste.
Não dá pra escapar
porque a lã é bege (Allanbege)
e nessa encruzilhada eu beijo.

Cor feia é o bege
que em oscular se perde
cai dentro entre-pele
sai fora indiferente
como fingisse o que dela se esquece.

Entre o bege e o beijo
mais que um trava-líguas.
É aí que a própria língua escorrega
porque o bege é um sabonete
lambisca, babuja e repete:

Bej.

segunda-feira, julho 04, 2005


035 (Cântico da Taverna)

Só escreve
quem esquece
e não manda
nem obedece.

Só a marginália me apetece!
Só a marginália!
Só a marginália!




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VOLTEI!
Parabéns a São João e São Luiz Gonzaga!

sexta-feira, março 25, 2005

Bibliofagia
Luciana Paiva, Luciana Fernandino, Rebeca Borges e Matias Monteiro.
Exposição com abertura dia 31 de março (quinta-feira), 18:30, na Galeria da Funarte do Eixo Monumental.

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segunda-feira, março 07, 2005

Nota sobre o ser-em-si
"Só a vontade, cuja obra, ou, antes, cuja imagem é o corpo, é o indestrutível" (Schopenhauer).


Soldado Morrendo. Robert Capa, 1936.

quarta-feira, março 02, 2005

Gonzagão é o pai do Punk Rock, filho ingrato.

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Mar é náusea
... e a Lagoa: quantas vezes percorri a lagoa? (45 minutos pra vir, outros 45 pra voltar) Chega daquelas velas, garças e tudo mais. E os três dias de tempo fechado, ainda por cima?

Se me diz "Ulisses", lhe pergunto "qual Ulisses?". Guimarães? Morrer em paz com a tal Iemanjá... Não mesmo! Esse vento leva todo pensamento pra longe. Não me adapto, preciso de feridas durante a meditação.

sábado, fevereiro 12, 2005


Fugidinha
Vou ali malhar o judas e volto já. Considero um ato psicotopossomático, me conheço e sei que sou incompreendido com fama de teimoso. Sempre ali: com medo do mal entendido.

Fui esfaqueado hoje, por vulnerabilidade, mas sem essa de Jovem Werther pro meu lado, calça amarela! Todo essa queixa não pode ser só por causa de um telefonema. Telefonema é pretexto.

Acabei deixando vocês aí sem entender nada. Quem mandou? Foram concordar com essas publicações da vida privada, agora agüentem o desligamento automático. Prometo que é momentâneo. Atenham-se à vantagem de sermos homicidas! O autor não pode conosco, porque somos a própria escrita. Pratiquem todos, publiquem as suas agonias íntimas!

domingo, fevereiro 06, 2005

uma licença poética abusiva
nazi e a sopa de letrinhas

N Z
Z N

pureza, reverência, civilização
quem quer?
eu não










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segunda-feira, janeiro 31, 2005

Tudo sobre uma árvore



...






...







nada para arvorar o pensamento,

apenas perturbações.


E como os olhos cindem naquela árvore... e naquela outra! Vão direto à bifurcação do tronco - imagem pulsante: mania. Ao mesmo tempo, um mui comum (epocal) estado demasiado emotivo, diria, uma impossibilidade e, sobretudo, fusão importuna, intermitente e alienante da alma. Anima, diz o dicionário, significa princípio de vida.
Por aí, desanimam, enfim.


Árvore engendra uma repetição e uma leve alteração. Penso que signifique vento nórdico, do grego (aér - ar ou atmosfera - mais Bóreas - o deus Bóreas e no sentido de vento nórdico, propriamente). Ar e vento não são sinônimos, mas, em determinada disposição de leitura, se tocam e fazem o ar (atmosfera) mutável, tomado por um de seus elementos moventes. É como Bóreas, que virou a figura de sua tensão animal: de suas duas histórias, a que conheço por alto diz que se transformou em garanhão para deliciar-se com eqüinas que pastavam por campos da Ática.

Talvez toda fusão do tipo arbórea (e as outras) denote certa animalidade, uma regressão do domínio cognitivo. Aqui me parte um vento pulsante, um vento-machado impiedoso, que não permite transportar seivas como Paul Klee, nem fundir de todo. Posso, entretanto, desenhar uma narrativa da insuficiência, uma narrativa da busca por identidade:
qual árvore que não me parte?


Eucalipto é confortante, não bifurca. Poucos quilômetros se caminham à pé daquela primeira árvore da mania até um coletivo de eucaliptos. Com lapso corporal, reduz-se esse caminho a frações disléxicas de chão. Derivei naquelas árvores mais altas e menos bifurcadas. Me vi deitar ali no chão, no asfalto em frente, mas não, era radical, suficiente demais: a retidão extrema. Quem está disposto a arcar com o radicalmente eficaz?

Notei minha alma por perto ali: corpo abalado, pensante, mão direita sobre a testa, olhos vidrados além... Colapsamos linhas na técnica anima sobre paisagem. Uma linha dessas sai pela L3 Norte, só uma, abstrai-se até sumir, vez em quando acaba simulando vísceras (vai, volta, pára, cria paralelas trêmulas, incertas) e torna a desaparecer. Ziguezagues (inquietações). Mas, se não a capacidade para radicalizar, então a calma em conformar. Eis a cura.

Mais um pouco tempo e em frente estava "a" árvore. Bruta, por aspecto e posição de contra-luz com o sol, não por espessura. Curvava o caule para a esquerda. Meio sem cobertura, a copa dizia com o nariz: para lá! Era o ato da tomada de consciência: a curvatura para além do plano. Me abriguei na forma aberta. (Ali ao lado está a outra, a primeira, tenebrosa, pensei ainda). O vislumbre foi um caminhar, seguir aquela pista lançada ao vão.





Texto com alterações, publicado originalmente em:
LANA, Allan de. Tudo Sobre uma Árvore, In PAIVA, Luciana. AR VES. Brasília: Clasta & Clepta Edições, 2004.
Publicação disponível na BCE - Universidade de Brasília.

domingo, janeiro 30, 2005




I



em suma
"É que a gente vai
E fica a obra.
Mas eu persigo o que falta
Não o que sobra."




II



panorama invertido de qualquer pessoa humana.
de modo que não me encontro.




III




férias
pé na jaca.

















CONCLUSÃO



conformação é a munha do gosto
o passo se dá no abandono
quando viajo busco desencontros
o mais é um saco cheio que não derrama.


segunda-feira, janeiro 10, 2005

Agora cheguei da Universidade (já passou de 23:30h) e podia estar no banho pensando em cama. Mas não resisto, e vocês não vão ler isso, porque pensaram que eu só escreveria outra vez em fevereiro e, quando lerem, não poderão comentar. Ótimo, eu adoro calar o silêncio aos outros (na Internet calar tem essa dupla transitividade - e como eu gozo dela!). Vos digo, não sou o Mr. Hide, nem criação de um Dr. Uterson desvairado (e como acreditar nessas negações? Tomem-nas pelo (an)verso, se quiserem). É tudo verdade.

Eu sou. Por isso escamoteio o que passou. Quem vive maltrata o passado consigo mesmo.

Era isso... Algo errado?

Agora posso pensar em dormir. Muito obrigado, palavrinha.

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