Concreto, por quê?
Queremos viver melhor. Queremos que todos vejam e reconheçam o seu espaço e os outros sujeitos. Precisamos reconhecer os problemas colocados pela matéria e resolver ao máximo os impasses do nacionalismo. Construtiva não é meramente uma forma de padronizar a expressão, é uma maneira de se colocar o ambiente em contato e familiaridade com o sujeito e, por isso atingir um internacionalismo verdadeiro. É necessário que se continue algo que não se conseguiu exatamente nas primeiras vanguardas construtivas e apagar o eurocentrismo de todas elas. Por isso, queremos concreto, o concreto de todos. Queremos a arte e a poesia: concretos.
Dica pra mim e pra você: Vygotsky e Piaget
A imagem acima é uma escultura do artista russo Naum Gabo, que foi embora para a Alemanha, fugindo do totalitarismo de Lenine e Stalin, junto com vários outros artistas, onde contribuíram com a Bauhaus. Lá, na Alemanha, o construtivismo ganhou novo fôlego e rigor, mas a escola foi destruída pelo nazismo... A história não acabou aí, porém, e tivemos continuação ainda do peso construtivista, injetado no Brasil, por exemplo, com nome de concretismo, influenciado pela presença física e influência direta de Max Bill. Tudo o que se viu depois nas artes desse país conheceu a face concreta da arte e, durante períodos de opressão, esta foi em muito acrescida de valores sociais e regionais particulares à cultura, espaço e momento histórico. Concreto, por quê? Porque Parangolé, porque Tropicália, Porque Malevich, porque Rodchenko. O Universal permite estar em todos os lugares, os pensantes que o pensem enquanto sujeitos. Maiakovski: "Melhor morrer de pinga do que de tédio".
quinta-feira, julho 24, 2003
Postado por allan de lana às 8:45 PM
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