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allan de lana

sábado, fevereiro 21, 2004

auto-
Lendo algumas postagens passadas vejo o quanto são superficiais. Pelo menos divertem e fazem pensar. As últimas, em protesto aos mitos em torno dos criativos (que, aliás, somos todos), renderam exatos nove parágrafos cada. o que é isso? Talvez um carma? Sei lá, não acredito nisso, mas por via das dúvidas, darei vivas ao nove e vou chispar daqui bem rápido!!! Quero dizer, estou com medo, mas continuarei aqui, como prova da minha coragem.

o oferecimento
Meus cinco leitores ou talvez mais alguns (e posso me gabar de conhecer todos) talvez tenham estranhado o repentino patrocinador aparecido nas minhas últimas inquietações virtuais. Mas esclareço o oferecimento de "Melhor um livro na mão do que dois mofando". Chegou a hora da verdade, aquele momento ébrio, propiciado pelos estabelecimentos menos ostentosos e mais aclamados da nossa sociedade, os botecos copos-sujos.

Explico ainda que "copos-sujos" adjetiva "botecos", e "sujos" adjetiva o substantivo no plural "copos", por isso a flexão do vocábulo composto "copo-sujo". Com isso, sou o primeiro ser do mundo a flexionar corretamente para o plural o referido vocábulo-de-botequim.

Devidamente alegre, mas frustrado por me sentir solitário e longe da farra nesse carnaval, reivindico meu diploma de professor honoris causa, depois, é claro, da apresentadora de programa Hebe Camargo e do Presidente Lula. E viva o Brasil, Rio de Janeiro, futebol e mulata! Estou, de fato me sentindo um gringo nessa terra. Gostaria de falar Tupi, isso aparentaria mais patriótico (quem sabe?).

Mas enquanto a língua é ainda portuguesa, não estado-unidense (no lugar de inglesa) ou do naipe da disfunção italianista de grandes construções candangas, apresento-lhes o mais estrondoso programa de contenção de gastos para os compradores compulsivos de livros. "Melhor um livro na mão do que dois mofando" é o nome da campanha. Ela nasceu de uma incursão à segunda porta do meu guarda-roupas, quando verifiquei o alto volume financeiro gasto e mal aproveitado. Assim como as estantes de todos os pais do mundo, que acabam comprando coleções inteiras e não lendo quase nada, estava eu caíndo na obsessão antiliterária.

Poemas de Castro Alves, Alvares de Azevedo e Machado de Assis; clássicos como "Assim Falou Zaratustra" e "Crime e Castigo", todos subaproveitados. A libido, ainda assim, mandava-me à compra de mais e mais, além de tantos que retirava na biblioteca sem chegar a ler. Permiti-me avaliar dentre meus colegas a incidência do mesmo caso. Todos os que investiguei têm a mesma tendência. Faz-se urgente e necessária essa empreitada de aproveitamento do conhecimento contido e de contenção de aquisição de livros sujeitos ao mofo e à poeira. Por isso:

Esse post foi oferecido por:
"Melhor um livro na mão do que dois mofando"

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