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allan de lana

segunda-feira, junho 09, 2003

tem Festival de Internacional de Cinema Ambiental em Goiás Velho de 10 a 15 de junho. Vai ser bom.

a respeito da minha falta de tempo para escrever no blog
Não tenho tempo para escrever sobre isso agora.
Acabei falando sem querer em uma das essências do Minimalismo: não existe mais tempo. O tempo como ainda começamos a nos adaptar é mais uma projeção virtual do espaço (ou dos espaços), uma projeção online e em uma segunda ou terceira instância de desarraigamento. Primeiro a mercadoria produziu o relógio, depois o relógio de pulso (pelo maior de todos os não-artistas brasileiros de todos os tempos), que confortou bastante o humano em seu estado de "quase-coisa", extensão orgânica da ferramenta inorgânica (ou virce-versa, como é sugerido por Bresciani); agora, inacreditavelmente, se recorremos ao passado, só podemos fazê-lo se o colocamos em situação desumana, artificial, concretamente impalpável, cuja reprodução provavelmente terá a mediação da máquina e dos simulacros que ela produz, e caso contrário ainda mais nos será estranha. Entramos em uma terceira morte da natureza, por meio da qual tudo se torna irremediavelmente volátil junto com a nova máquina; já se pode falar de memória humana do computador, a extensão do meu cérebro é o HD. Ele é auxiliar da minha razão, que tem que ser econômica para ser espacialmente viável, porque nada mais é viável em termos de tempo, de gênese, e a vida tende a acabar com tudo o que não seja meramente conceitual, que não despreze a matéria completamente.

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