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allan de lana

quarta-feira, abril 15, 2009

76
à noite, vamos devagar,
cegos da treva
planadores sem amar
amarga luz da luz
reluz-ida, luz sem amar
reluz-ida noite, sem amar
o vento é triste
leva longe não sei o que
do meu corpo sem cabeça.
aves populosas choram
essa pausa permanente
de não haver nada entre elas.
não há nada
não há, nada.
está tudo bem,
não tem nada, não!
não tem nada, mesmo!
e voltam a dormir, o sonho.

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