...

Minha foto
allan de lana

domingo, abril 12, 2009

paisagem e monumento aos mortos



Os heróis brumavam na bruma
Escondidos, como o rio descendo à garganta
Sob o véu que encobre e acalanta
E atravessa dias, noites... no vento
(Um stratus nevoeiro é que o carrega).



De um lugar em mim, essa voz aos mortos canta

a razão dos vivos, que na terra faz o monumento.

Seu robusto guardião do nada é que anuncia mudo:

Paraíso dos bravos que lutaram...

Um passante ali viaja, dissolvido em fundo alento –

na escuta de seu peito, a palavra dos que amaram:

Oh, dance! dance na escuridão da noite,
Pois o tempo... o tempo nos contará tudo!


Mais acima, há uma estaca onde passavam

elevadas nuvens no muro da vertente,

leves cúmulos de acetinado veludo

que, de tão lentos, o céu ainda transmudam.

Seus cristais são como a rocha, mas desfazem de repente,

como o arquétipo do homem que desbrava

(infinito que sustenta nos cabelos seus, fluentes).

















constelações



Nenhum comentário:

Arquivo do blog