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allan de lana

terça-feira, outubro 15, 2002

Síndrome
Acho que mais pessoas do que eu penso sabem da minha existência ou sabem melhor sobre ela do que imagino. Muita gente já me leu na internete, não aqui nesse blogue, mas no antigo, e também na publicação de "Os Pombos" feita pela editora Blocos na parte de literatura e poesia e já viram meu nome no Painel Brasileiro de Novos Talentos (por um poema que foi publicado há muito tempo, pelo guia espiritual da tia da minha tataravó). Vira e mexe alguém me conta que digitou meu nome artístico - Allan de Lana - no Google, então apareceram esses arquivos desenterrados. Hoje eu fui lá e constatei, é verdade, e tem também um garoto que se chama Allan Lana que tem Síndrome de Wílliams em um Álbum de Fotos hospedado no Terra. Essa síndrome parece se manifestar apenas ocasionalmente, sem nenhum motivo já identificado, em 1 entre 20.000 crianças que nascem. Ela foi descoberta por um tal Dr. J. C. P. Williams, que percebeu que entre as características das crianças afetadas pode aparecer uma intuição rítmica muito acentuada e facilidade para memorizar músicas infantis com textos ritmados, além de outras, que são relacionadas à falta de Elastina (pontos vermelhos da figura acima) e outras substâncias do cromossomo 7. Percebi também, buscando por "allan lana pombos" (Os Pombos é a poesia que mais frequentemente é encontrada) aparece o blogue da Marília. Depois de tudo, percebi que sou um inútil que acabara de perder mais de meia hora da minha vida brincando de me procurar e aprender sobre meu chará que tem S.W.. Mesmo assim, veja aí Os Pombos (com duas letras a mais e uma pequena correção no erro de digitação da Blocos), jogue pipocas para atraí-los e chute-os se quiser.

Os Pombos

As telhas ao sol estalam
os seus dedos.

Os pombos comem, exalam
assobios

e bicam as telhas velhas.

Por que será que póqué
poqueia pó na telhalheia?

Tocs no teto esvalam
à calçada.

Pelas canaletas calam
o silêncio.

A chuva chuá crachá
não tem chá, só oxalá lá!

Não têm respeito mútuo
...povo-pombo...

Não têm respeito público
...pombo-bosta...

Cagam!-nos monumentõs
monumentos.

São cagados por (cos) eles
e nos roubam

pipocas doces, telhados...
Só não roubam

cagam!-nos deputados.

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